Autoras: Camila Feil Dellbrigge e Isabella Lauxen de Moraes
Turma: 9ª série A do Ensino Fundamental
Unidade: Lajeado
Professora: Leticia Gracioli
É uma tarde chuvosa. Estou eu, minha mãe, meu pai e meus avós. É um velório fechado, só para a família mais próxima. Ela está numa palidez que nunca vi. Os outros, num fosso de tristeza, assim como eu. Vou contar como aconteceu:
Verônica e Lalo estavam no metrô, voltando para casa depois de um de um dia de trabalho. O casamento não ia muito bem, muitas discussões e brigas, não era o mesmo encanto. Ao olhar para o lado, Lalo viu um homem encarando sua mulher. Olhou para o rosto dela que começou a enrubescer.
Ele, na mesma hora, levantou-se com agressividade e foi xingar o homem, Verônica ficou embaraçada. Todo o metrô começou a observá-los, ninguém sabia o que fazer perante a situação, era um cochicho para lá e outro para cá, uma mexeção só.
Um sujeito, grande e másculo, vendo o acontecimento, foi separá-los. Felizmente, a estação de Lalo e Verônica havia chegado. Ela o chamou, constrangida, para descer. Ele, com raiva, seguiu-a. foram para casa, mas, para a surpresa dela, seu marido começou a beber. Depois de algumas horas, ficou tão embriagado que, na adrenalina do momento, começou a bater em sua “amada” esposa.
Verônica, espantada com o ato violento de Lalo, chorou desesperadamente. No dia seguinte, após a agressão, ela acordou decidida. Não aguentava mais a vida que levava e não era a primeira vez que isso acontecia. Ligou para Nandinho, o ex-líder do antigo grupo do chincheiros. Pediu a ele que matasse Lalo por uma boa quantia em dinheiro. Ele nem pensou duas vezes.
Uma semana depois, enquanto andava de maneira displicente, Nandinho colocou um saco na cabeça de Lalo e seguro até morrer sufocado e, de maneira violenta, empurrou-o em direção do porta-malas. Depois de duas horas na estrada, chegou a um lugar escuro e cheio de pichações, mas não percebeu que estava sendo seguido pela polícia e, ao descer do carro, foi pego em flagrante, com o corpo no porta-malas.
Já na delegacia, entregou Verônica como a mandante do crime. Ela foi condenada a 35 anos de prisão.
Foi assim que, infelizmente, meu irmão teve seu final trágico e sua “amada” acabou atrás das grades.