Autora: Luiza Martins
Turma: 7ª série
Unidade: Região Alta
Professora: Lucileine Kummer
Era dia trinta de outubro, véspera de Halloween, e Julia estava na escola só observando o que seus colegas iam aprontar para a professora de matemática. Ela estava com muita vontade de ajudar, até com ideias melhores, chegou a se levantar da classe para começar a zuera, mas se lembrou do que a diretora havia falado “se você aprontar mais uma vez será expulsa do colégio”. Era tudo o que ela queria, mas se isso acontecesse seu padrasto iria mandá-la para um internato e Julia não queria isso, apesar de não gostar da escola. Era tudo estranho, seus colegas eram muito retardados, as meninas não gostavam dela, pois não usava as roupas da moda, os meninos não gostavam dela, pois era feia e não se arrumava, só tirava notas abaixo da média. Mas tudo isso não era nada. O que ela realmente não gostava era do cemitério que tinha do lado da escola, pois dava muito medo.
Quando a professora entrou na sala um pote de tinta vermelha caiu sobre sua cabeça. Todo mundo riu menos a Julia, ela realmente não tinha achado aquilo engraçado, pois ela já tinha feito coisas mais divertidas. A professora saiu correndo da sala e voltou com a diretora (que estava com uma cara não muito boa). A diretora logo perguntou quem tinha feito aquilo com a professora, mas ninguém respondeu. Já era 05h25min e Julia começou a guardar seu material na mochila, foi quando a diretora falou “ninguém vai sair daqui antes que eu saiba quem fez uma coisa dessas sem cabimento com a professora de vocês”.
As horas passavam e a cada minuto a professora pedi “a quem fez isso, por favor, fale”. Já era noite e Julia não aguentava mais. Foi quando Paulo, o menino mais inteligente da turma falou “fui eu que fiz isso”. A professora e a diretora levaram um susto, a diretora chegou a ficar com uma desconfiança. Ela dispensou todos menos Paulo, pois queria conversar com seus pais primeiro. Julia pegou suas coisas e saiu.
Quando estava saindo da escola viu um cachorro muito bonito, que começou a correr em direção ao cemitério que havia do lado da escola. Julia escorou sua mochila na porta da escola e saiu atrás do cachorro. Só havia um poste de luz iluminando o local. Quando olhou para o chão viu uma sombra de uma coruja, foi quando o cachorro parou e começou a latir, parecia que estava bravo. Ela estava com muito medo e como não sabia o nome dele, nem se deu ao trabalho de chamá-lo, só pegou sua mochila que estava escorada na porta da escola e saiu correndo, pois ainda tinha que falar para sua mãe porque tinha chegado mais tarde.