Truque de mestre

Juliana RosaAutora: Juliana Rosa da Rosa
Turma: 9ª série B
Unidade: CEAT Lajeado
Professora: Leticia Gracioli

Finalmente havia chegado o dia em que eu, policial Amanda, juntamente do policial, novato e gato na minha opinião, Oswaldo, botaria e realizaria o nosso tão planejado plano em prática. O local era o principal shopping do Estado. A vítima seria Armando, o gângster mais procurado do sul do país por furtar bancos e lojas movimentadas.
Eram seis horas quando eu e Oswaldo adentramos no shopping disfarçados de dois dos famosos mais importantes do país. E é claro que todos vieram presenciar o momento em que duas grandes figuras da tevê brasileira iriam doar, ao vivo, em rede nacional, cem milhões de reais para uma instituição de caridade. Oswaldo, com as suas gordurinhas, estava parecendo o autêntico Ronaldo Fenômeno, enquanto eu não via a hora de tirar aquela peruca que tanto me dava coceira só para tentar ficar parecida com a Ivete Sangalo.
Voltando à história, assim que chegamos àquele paraíso do consumismo, seguimos para a praça central onde participamos de uma coletiva de imprensa para falar sobre a nossa generosa doação para um orfanato da região.
Já passava das sete horas, quando um dos jornalistas que ali estavam se levantou, era Armando, e com ele outros dois grandalhões. Juntos sacaram suas armas, tomando-nos como reféns e exigindo de modo violento a maleta que continha o dinheiro a ser doado. Às pressas, entreguei-lhe a maleta. Em seguida, os três saíram em disparada para fora do local, enquanto todos os presentes na praça central começaram a rir e a festejar.
Ao chegar à porta do prédio, os três surpreenderam-se, estavam sem saída, o locar estava cercado. Dessa vez não teriam como escapar. À frente estava o batalhão da Policia Federal e atrás dois policiais disfarçados de celebridades altamente treinados, o que fez lembrar-me daquela frase: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.”.
Dois meses havia se passado, o caso de Armando finalmente havia sido julgado, sendo este condenado a trinta anos de prisão.
E com orgulho mais um caso havia sido cumprido com sucesso. A propósito, antes que perguntem, sim, eu e Oswaldo começamos a namorar, mas não pense que foi assim tão rápido e repentino, porém isso já é uma outra história.

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