Realidade obscura

EduardaAutora: Eduarda Bagatini Eccher
Turma:  1ª série do Ensino Médio
Unidade: Região Alta
Professora: Lucileine Kummer

 

   Todo dia, quando saio a caminho da escola, eu o vejo lá, sentado, no banco da praça central, com seu livro e sua mochila. Nunca falei com ele, porém sua feição vulnerável toca meu coração.
   Quem sabe, há de se encontrar todos os dias aí, porque os pais não têm tempo para ele, só valorizam o trabalho. Ou quem sabe, ele simplesmente reflita sobre o mundo, sobre sua existência.
   Talvez, ele pretenda apenas abrir os olhos da sociedade para as falhas humanas, ou pode ser que ele goste de viver nesse seu pequeno mundo ficcional, para não se deixar levar pela triste realidade do cotidiano, acreditando que um dia, a vida poderá ser melhor.
   Quem sabe, ele precise de amor, precise ser amado e valorizado; pode até ser que ele seja excluído da vida social por possuir pequenos defeitos.
   E assim minha vida passa, como a do menino do banco da praça, como a vida da sociedade… E eu sei que o encontrarei lá, dia após dia, com a tristeza emanada em seu rosto, vivendo uma vida monótona, sem contentamento e sem valores.

Facebook
Twitter
LinkedIn

Notícias relacionadas

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site. Para mais informações, visite nossa Política de Privacidade.