Autor: Eduardo Sartori Parise
Turma: 2ª série A do Ensino Médio
Unidade: Lajeado
Professora: Leticia Gracioli
Nos últimos anos, tenho visto, cada vez mais, notícias que retratam casos de pessoas processadas por comentários ofensivos feitos nas redes sociais. Isso, na minha opinião, está deixando de ser uma situação peculiar, para tornar-se cotidiano na sociedade, especialmente, brasileira.
Os seres humanos, por natureza, têm a tendência ao pré-conceito. Essa impressão superficial sobre tudo sempre foi necessária para a sobrevivência humana, pois é importante identificar quando algo é seguro ou não. Entretanto, conforme a humanidade desenvolveu-se, a “não gentileza” transformou-se em um meio de comunicação e, até mesmo, entretenimento entre as pessoas. Quem nunca, em algum momento, junto aos seus amigos, começou a “fofocar”, não é mesmo?
O problema de tudo isso é que, com a aceleração do fluxo informacional, em grande parte no século XXI, tudo passou a circular nos veículos como televisões, celulares, redes sociais e Internet, extremamente rápido, impossibilitando, de forma geral, separar o certo do errado. Por consequência disso, os pensamentos mais naturais dos humanos, muitos desses indelicados, estão tornando-se públicos, muito graças à permissão momentânea deles, o que vem gerado situações inconvenientes de comentários extremistas sobre os mais diversos temas, como racial, político, físico, religioso ou sexual.
Além do mais, mesmo os meios de comunicação digitais sendo velozes, as suas informações são duradouras, ou seja, ao publicar-se algo, isso permanecerá no mundo virtual permanentemente. De forma prática, portanto, ao serem utilizadas como propagadoras de opiniões, as redes sociais e a Internet as mantêm nelas, sendo possível as utilizar como evidências em ações penais, como no caso da realização de bullying.
Percebo, assim, como o fluxo informacional atual alterou a comunicação entre as pessoas e acarretou uma maior facilidade de compartilhar-se pensamentos. Porém, como isso, é necessária uma maior sabedoria por parte dos internautas em separar, ao tornar público algo, o que é gentil e correto do que não é, pois as ações no mundo digital influenciam o real.