Autora: Maria Vitoria Rockenbach Lutz
Turma: 3ª série A do Ensino Médio
Unidade: Lajeado
Professora: Leticia Gracioli
O Brasil é um país de dimensões continentais e de uma vasta diversidade cultural. Isso se deve ao seu processo de formação, que recebeu colonizadores de diferentes lugares da Europa. Dessa forma, cada região tem seu costume, um modo de falar. Infelizmente, essas diferenças tão únicas têm sido motivo de preconceito, e um dos maiores é o linguístico.
Uma das formas de combater essa discriminação é através da literatura, valorizando cada dialeto, gíria e variação existente. Um exemplo dessa valorização regional aconteceu no período pré-modernista, em que muitos escritores falaram sobre figuras marginalizadas na sociedade e utilizaram vocábulos regionais em seus textos. Exemplos disso são Simões Lopes Neto e Lima Barreto. Isso valoriza a cultura e ensina a respeitar as diferenças, além de combater o pré-julgamento de que um texto bem escrito segue obrigatoriamente a gramática normativa.
Outra raiz dos preconceitos que precisa ser combatida é o Darwinismo Social, que teve maior repercussão na Primeira e Segunda Guerra Mundial, mas ainda persiste e fortalece as discriminações. É preciso que, nas escolas, ensine-se que todos os brasileiros são iguais, que o sul não é melhor que o norte e vice-versa. Ninguém é melhor do que o outro por causa da forma como fala. Todos os cidadãos são iguais perante a lei, independente de cor, sexo e escolaridade. O respeito e a valorização da heterogeneidade cultural deveria ser investimento governamental, principalmente nas mídias, através da televisão, por exemplo.
Por fim, chegou o momento de parar de identificar o Brasil apenas como o país do futebol e do carnaval. Somos muito mais do que isso, somos um emaranhado de culturas diferentes que formam um país. A forma como falamos é apenas uma das manifestações dessa pluralidade brasileira, se isso não existisse, perderíamos muito. O Darwinismo Social e outros preconceitos já destruíram muito na história da humanidade, é melhor que não destrua a singularidade do Brasil, que é justamente as suas diferenças.