Autora: Eduarda Bagatini Eccher
Turma: 1ª série do Ensino Médio
Unidade: Região Alta
Professora: Lucileine Kummer
Todo dia, quando saía para brincar no quintal de minha casa, eu avistava o cachorrinho lá, deitado sobre a grama do parque central, ou correndo atrás das borboletas coloridas que circundavam o ambiente. E toda vez eu me questionava: será que o pequeno animal teria algum dono?
O filhote tinha uma feição um pouco triste, era magro e parecia abandonado. Aquela cena monótona tocava-me muito, porque era comovente vê-lo daquele jeito. O que eu queria realmente era sair correndo e brincar com ele, mas não podia, pois não tinha idade suficiente para atravessar a rua; afinal, eu era apenas uma criança de cinco anos.
Passados alguns dias vendo essa mesma cena, resolvi tomar uma atitude. Era uma quarta-feira ensolarada; minha mãe estava na cozinha, preparando o almoço; entrei correndo no ambiente e contei a ela sobre o que vinha me perturbando. Logo, ela pegou minha mão e permaneceu um tempo acariciando meus cabelos. Vendo-me entristecida, com olhos esperançosos, disse-me que iríamos cuidar do pequeno animal.
Então, com muita alegria, saímos correndo ao encontro do cãozinho. Ele veio em nossa direção e pulou em meus braços, derrubando-me com seu peso. E foi assim que ganhei meu primeiro cachorro. Os anos passaram e, atualmente, Charlie é meu melhor amigo; com ele divido minhas amarguras e meus divertimentos.