Autora: Ana Carolina Dalla Vecchia
Turma: 1ª série do Ensino Médio
Unidade: Região Alta
Professora: Lucileine Kummer
Era uma sexta-feira normal, meus pais já tinham voltado do trabalho, assim como minha irmã da escola; a única coisa que não parecia estar normal era o humor de Bobi, pois fazia dias que ele estava estranho, mas naquela tarde Bobi só ficou deitado, não latiu, nem trouxe a bolinha até mim para brincarmos, aquilo estava me deixando preocupada.
Passei o resto da noite observando o que fazia; tentei jogar a bolinha até ele, mas ele nem olhou para ela. Bobi realmente não estava bem, convenci meus pais ainda naquela noite de o levarmos para o veterinário, logo no sábado de manhã. Enquanto Bobi era examinado, eu observava suas reações e, pelas caras que fazia, a situação do meu cachorro não estava nada boa. Infelizmente, Bobi possuía um câncer agressivo no estômago há uns cinco meses, não havia nem como tentar salvá-lo, já era muito tarde, iríamos perdê-lo em menos de três dias.
Estávamos todos muito abalados; Bobi fazia parte da família desde que nasci, há treze anos. Depois de horas chorando no meu quarto, tive uma ideia que nos distraiu e amenizou nossa dor: um ensaio fotográfico com a família completa. Dei a ideia para minha mãe e ela logo foi procurar alguém que quisesse nos ajudar com esse lindo ensaio.
Dona Verinha era uma fotógrafa aposentada que adorava animais; ela nos ajudou a fazer um ensaio maravilhoso; Bobi ficou lindo nas fotos, até brincou e latiu um pouco com a gente, mas a última foto me fez chorar; ela seria, depois de alguns dias, a única forma de me fazer sorrir vendo o meu cãozinho, por isso era de um significado enorme.
Horas depois, naquele mesmo dia Bobi morreu, assim, tranquilamente, depois de olhar para todos que estavam com ele com uma expressão que para mim dizia: “Obrigado por tudo”, nos fazendo chorar, deixando boas lembranças, lindas fotos e eternas saudades.