Autora: Julia Dartora Craide
Turma: 3ª série B do Ensino Médio
Unidade: Lajeado
Professora: Letícia Gracioli
As primeiras formas de escrita surgiram no período da pré-história e tinham como função retratar fatos simples de forma que fossem lembrados por mais tempo. Contudo, esses desenhos rudimentares evoluíram ao longo do tempo e atualmente há diversos idiomas utilizados nas diferentes regiões do planeta. Assim como a linguagem evoluiu, seu uso tornou-se mais extenso e complexo de forma que, para entender um texto, é necessário saber interpretar o que realmente está sendo dito. Infelizmente, grande parcela dos brasileiros não consegue fazer isso.
A falta dessa habilidade de compreensão é denominada analfabetismo funcional. No Brasil, isso ocorre com milhares de pessoas, mesmo aquelas que já cursaram todo o ensino básico, porque a qualidade desse é inferior a obtida por países com semelhante arrecadação de impostos, por exemplo. Um dos fatores do nível precário de educação é a desvalorização dos professores que recebem salários incondizentes se comparados a sua importância social. Por causa disso, muitos educadores não se esforçam para que seus alunos efetivamente aprendam e permitem que se formem adolescentes sem saber o mínimo exigido como a leitura e realização de operações matemáticas.
Outro problema é que várias escolas tentam, de maneira ineficiente, incentivar a apreciação da leitura forçando jovens a ler clássicos da literatura nacional. O equívoco dessa estratégia está no fato de o vocabulário desses romances ser avançado para o público infanto-juvenil, que se sente frustrado nessa experiência. Com isso, passa a acreditar que toda a leitura é complicada e não mantém o hábito na vida adulta, o que seria essencial para desenvolver opiniões próprias e bem fundamentadas.
Observando esse panorama da escolarização brasileira, percebe-se que é imperativo realizar mudanças. É preciso que o governo invista na educação pública, principalmente na contratação de profissionais; além disso, o incentivo à promoção de eventos culturais, como a peça “A Terra é azul”, promovida pela UNESCO, são uma boa forma de valorizar o trabalho deles. As escolas podem acrescentar em sua grade de leituras “best-sellers”, como a série Harry Potter e os livros do autor John Green, para interessar as crianças e formar esse hábito saudável de leitura. Dessa maneira, as futuras gerações terão competência para formular pensamento crítico e continuarão a desenvolver a linguagem, superando o sistema de ensino pré-histórico.