Aquela pracinha

Bianca FormentiniAutora: Bianca Formentini
Turma: 1ª série do Enino Médio
Unidade: Região Alta
Professora: Karina Fátima dos Santos

    Ficava bem em frente a minha casa. Lembro como se fosse ontem, todos aqueles brinquedos, madeira pintada de verde, ao fundo, todas aquelas árvores fazendo sombra para a prefeitura da cidade. A companhia da minha mãe trazia uma sensação de conforto e segurança, podia ter certeza de que voltaria para casa pronta para retornar no próximo dia.
    Eu tinha cinco anos, ainda não estudava em nenhuma escola. Adorava rabiscar os cadernos e agendas de casa, já sabia ler e escrever várias palavras, mas aquela pracinha superava a diversão proporcionada pelas canetas.
    Fomos novamente em um fim de tarde, quando o sol não estava mais tão radiante. Até esse horário tentava me distrair com outras brincadeiras em casa, mas parece que o tempo não passa quando esperamos por algo tão querido.
    De todas as vezes que fui àquela pracinha, tenho certeza de que naquele dia foi a melhor. Brinquei durante horas em todos os brinquedos, na caixa de areia, fiz mais castelinhos do que na areia da praia. Mal sabia eu, que depois nada mais seria como antes.
    Voltamos para nossa cidade natal alguns dias depois, onde eu começaria a frequentar a escola. Eu nunca mais veria aquela pracinha, passaria todas as tardes ou manhãs dos próximos doze anos estudando.
    Agora, com quase quinze anos, iniciando o Ensino Médio, posso dizer que tenho saudades daqueles dias, daquele lugar, daquele tempo. Saudades de quando podia aproveitar todo dia fazendo só que o que gostava, sem nenhum compromisso. Hoje, lembrando desses momentos, me encho de alegria, sei que aproveitei o quanto pude. Reflito, “será que eu sabia o quanto era feliz?”

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