Amor de Cursinho

Letícia Alves AgostiniAutora: Letícia Alves Agostini
Turma: 2ª série do Ensino Médio
Unidade: Região Alta
Professora: Flávia Zanatta

Meu nome é Eduardo Abreu e eu estou completamente apaixonado por Marcelo Braga, um garoto do cursinho. Na classe do professor Jubileu, ele senta bem longe de mim, mas isso é bom, pois assim posso me perder na imensidão verde de seus olhos, sem que ele note.
Marcelo, no cursinho, está sempre com seus amigos, porém, na rua ele anda sozinho, com medo, medo de sofrer bullying por ser gay. Ele tem muito bom gosto, anda sempre bem arrumado, seu perfume é marcante, e é muito divertido. Na saída do cursinho, sexta-feira, pensei em chamá-lo para um café a fim de nos conhecermos melhor. No momento em que Marcelo dobra a esquina, ouço gritos. Um bando de garotos estava ameaçando-o e insultando-o. Corri para ajudá-lo, porém isso não bastou para conter tamanha ignorância.
Passaram-se dez minutos desde a surra que levamos. Permanecemos em silêncio, sem saber ao certo o que dizer um ao outro; então Marcelo perguntou por que eu o defendi e eu disse que faria isso por qualquer pessoa e que somos capazes de fazer de tudo pelo bem de quem amamos.
O amor expressa-se de várias maneiras e em contextos diferentes, como o amor de um avô pela sua netinha, retratando a pureza da criança e a ternura familiar; o amor de um menino por seu cachorro, mostrando um ato de fidelidade e companheirismo; e o amor de Eduardo por Marcelo, um amor inocente que proveio da amizade em um ambiente corriqueiro, uma sala de cursinho.

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