Autora: Martina Scheibel Schwertner
Turma: 3ª série A do Ensino Médio
Unidade: Lajeado
Professora: Letícia Gracioli
A linguagem politicamente correta busca a desconstrução dos preconceitos e valores pejorativos impregnados nos idiomas. Porém, não é isso que ela causa. Sua recepção pela sociedade brasileira tem sido compará-la a uma forma de censura – algo compreensível, visto que o cidadão adquiriu uma aversão histórica à prática. É necessária a compreensão, apesar disso, de que a liberdade de expressão há de funcionar como a liberdade de ação: regulamentada sob a ordem de consenso para o bem coletivo acima do individual.
Há o mito de que a liberdade de expressão dá ao indivíduo o direito de dizer exata e completamente o que pensa. As palavras, assim como as ações, possuem poder de ofensa. Assim, deve-se ter consciência dos direitos do próximo e do que acarreta a própria cultura.
As conotações negativas presentes na fala e na escrita não são inerentes a elas e, sim, valores culturais. Sua alteração é um processo longo e complexo, referente à reeducação ética. O politicamente correto surge como uma maneira de manter a ordem pública, impedindo possíveis ofensas, até que a reeducação seja alcançada. Trata-se, portanto, de uma solução temporária.
Desse modo, a intervenção no uso de determinadas palavras e expressões no cotidiano brasileiro é uma atitude relevante. Pode ser realizada através de campanhas locais, por ONGs ou pela comunidade, e principalmente, por meio da mídia, pois ela exerce grande influência na maneira como a população em geral se utiliza da linguagem. A televisão, as revistas e as redes sociais, de modos não abrasivos, podem provocar mudanças no comportamento dos indivíduos. Assim, espera-se que alcancemos o respeito mútuo entre os cidadãos brasileiros.