Autora: Isabelle Nascimento de Freitas
Turma: 9ª série
Unidade: Região Alta
Professora: Lucileine Kummer
Em nosso dia a dia sempre nos deparamos com situações embaraçosas, muitas vezes não tem nada a ver com a gente, e se tivesse?
Um dia desses deparei com uma cliente discutindo com a atendente da loja, estavam as duas, uma de frente para a outra, debatendo sobre uma placa de desconto posta em um local trocado. A cliente insistia que tinha que ganhar o desconto oferecido na placa, mesmo a peça não estando em promoção, pelo simples fato da blusa estar logo na prateleira ao lado. A atendente parecia cansada, suas explicações eram claras, e nem tinha sido ela quem havia posicionado a placa naquele local.
Fiquei uns dois minutos ouvindo a conversa disfarçadamente enquanto dava aquela famosa “olhadinha” nas peças de roupa. Enquanto ouvia e olhava, pensei várias vezes em ir lá remediar a situação, tentar explicar que “alguém deve ter colocado a peça aí por engano” ou “tem tantas outras peças lindas na promoção, não vale a pena discutir por uma blusa”. Pensei, pensei, pensei, porém não fiz nada, só dei as costas e saí da loja, afinal não era nada comigo.
Às vezes acho que esse é o meu problema, o problema da maioria de nós, não interferir em algo que está errado, como não é conosco, ficamos quietos nesse tipo de situação. Para defender um inocente, poucos se preocupam, mas para chamar aquele homem de “gordinho” ou aquela mulher de “magricela”, aí têm muitos. Penso que devemos começar a impor nossas opiniões para coisas que terão efeito positivo, ao invés de usá-las para coisas fúteis. Quem sabe assim podemos melhorar, mesmo que pouco, a sociedade onde vivemos.