Autor: Igor Paim
Turma: 3ª série do Ensino Médio
Unidade: Região Alta
Professora: Flávia Zanatta
A crise política por que o Brasil passa é a extensão de um conflito maior ainda, e que nunca abandonará a raça humana por completo: a crise moral. Consequência disso, é que a história é repleta de versões da sociedade, todas elas únicas a sua maneira, mas apresentam a constante de serem desiguais. Portanto, é inocência acreditar que, algum dia, viveremos em um estado de paz e harmonia absolutas; mas, nem por isso, devemos deixar de chegar o mais próximo possível desse ideal.
A essência do ser humano é imperfeita e não somos uma espécie com unidade comportamental, mas sim uma das mais multifacetadas. Assim, nessa profusão de caracteres, procuramos manter uma ordem, amenizar o impacto de um sobre o outro e punir os que passam dos limites impostos. Contudo, há sempre os que desrespeitam as leis: quase que como naturalmente surgem, em consequência das imortais mazelas sociais, e fazem com que recaia sobre os cidadãos a responsabilidade de puni-los.
Dessa maneira, fadados ao erro por natureza, buscamos consolo na prática da justiça, na família, e, principalmente, em algo superior. Os budistas chamam o estado de encontro com a paz e sabedoria interior de “Nirvana”. Os católicos, por sua vez, encontram conforto no sonho de habitar o Paraíso, caso viverem de acordo com os mandamentos. Existem, portanto, várias maneiras de se anestesiar da realidade e muitas delas tentam, mas falham em instituir regras para um convívio mais harmonioso.
Cabe essencialmente à educação, da família e da escola, o dever de criar nos indivíduos um senso moral aguçado, de respeito às normas e aos demais cidadãos. Além disso, as ferramentas de que dispomos nunca foram tão variadas, e desistir significa abandonar a própria raça, mesmo que alcançar a paz e equidade seja uma perseguição interminável.