Autora: Jovana Dullius
Turma: 3ª série A do Ensino Médio
Unidade: Lajeado
Professora: Letícia Gracioli
Desde os tempos de escrita na Grécia Antiga, palavras novas e com sentidos diferentes surgiram com o tempo. Assim sendo, expressões e gírias entraram para o cotidiano das pessoas e criou-se o politicamente correto. Ele defende que algumas dessas palavras, utilizadas no dialeto, poderiam sugerir preconceito e incentivá-lo. Porém, o preconceito é construído por culturas e ideologias e ultrapassa a origem por meras palavras.
O preconceito no Brasil, mesmo diante de leis e projetos defensores dos grupos menos favorecidos, percorre situações preocupantes. Hoje em dia, ele é visto mascarado, sendo sentido, praticado e ignorado. O politicamente correto condena a utilização de palavras como “prostituta” e “negrinho” pelo fato de que elas expressam preconceito. Porém, alterar determinada expressão, palavra ou gíria torna-se um incentivo à ocultação da discriminação visível.
O problema da desigualdade está longe de ser composto por palavras. Ele está infiltrado na cultura, na educação e presente no dia a dia, independentemente da palavra designada. Pode-se chamar o “negrinho” de brigadeiro ou o “branquinho” de beijinho que o preconceito será, novamente, mascarado, não erradicado.
Sendo assim, visto que a discriminação excede os valores do politicamente correto, é necessário que os princípios do problema sejam buscados e solucionados. Cabe ao Governo Federal investir em infraestrutura de moradias para o pobres, incentivar ONG’s e a mídia a desenvolver projetos contra a discriminação. Às escolas compete o fundamental papel de demonstrar que o preconceito ainda existe e deve ser extinguido. E, ao cidadão comum, reivindicar pela igualdade de raça e de gênero e expor o preconceito ainda existente por denúncias e protestos. Por fim, para os politicamente corretos, é necessária a compreensão de que a discriminação e o preconceito vão além das máscaras de que as palavras se revestem.