Uma babá diferente

Julia Kelin DenteeAutora: Julia Kelin Dentee
Turma: 1ª série do Ensino Médio
Unidade: Região Alta
Professora: Lucileine Kummer

 

A relação entre um animal de estimação e o ser humano não é somente de posse ou de dependência, mas de família. Para alguns, um cão ou  um gato até podem ser um instrumento de diversão. Quando estão tristes, se dirigem ao seu animal, brincam e depois vão embora. Mas, para mim, não. Um bichinho é como um irmão.
Já tive vários cachorros e também felinos, nunca me esquecerei deles, mas houve um que definitivamente marcou minha infância. Seu nome era Lilica, uma cadelinha Fox que entrou em minha vida quando eu tinha um ano de idade. Para mim, era como uma amiga, uma irmã e até uma babá.
Quando eu estava sozinha em meu quarto, na sala, no lugar que fosse e começava a chorar, de fome, dor, ou mesmo por simplesmente querer que meus pais fossem ao meu encontro, lá ia ela, latindo, correndo a procurar alguém para me socorrer. Com toda certeza, nunca me esquecerei disso.
Outro aspecto que a marcava era a sua generosidade em compartilhar seu espaço. Às vezes, estava eu a brincar pela casa e, de repente, batia o sono. Eu começava a chorar para ser levada para cama? Não. Eu engatinhava, ou mais tarde caminhava, em direção à cama de minha irmã de coração. Quando minha mãe percebia o silêncio, sempre sabia onde me procurar. Eu sempre estava a dormir com minha Lilica.
Quando a idade aumentou, começaram os problemas. Quando ela já estava com 15 anos, foi descoberto um câncer. Pouco tempo depois ela veio a falecer. Não perdi minha cachorrinha, minha babá, perdi uma parte de minha vida. Um cão não é só um animal de estimação. Pode ser até melhor do que um ser humano..

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