Autor: Igor Paim
Turma: 3ª série do Ensino Médio
Unidade: Região Alta
Professora: Flávia Zanatta
Desde 1980, o Brasil vem combatendo o vírus HIV, e essa luta ganhou destaque pelo grande número de infectados, quase em grau epidêmico. Atualmente, a situação mudou pouco, já que ainda existe um número considerável de portadores no país, e o que mais preocupa é a persistência do vírus, o que revela um quadro de insucesso dos programas de conscientização, apesar das melhoras no tratamento e na assistência aos pacientes diagnosticados.
Durante o período festivo do Carnaval, o tema ressurge das cinzas com as habituais propagandas e distribuição de camisinhas, prática eficiente, mas que não conseguiu aprofundar a consciência sobre o tema. O que permanece no imaginário brasileiro é a ideia de que os preservativos causam desconforto, restringem o prazer, são ineficientes, ou, de alguma forma, diminuem a virilidade dos usuários, ideias totalmente absurdas e infundadas.
Em um país de índole cristã e grande influência religiosa, é comum ver a prática do sexo como um tabu, o uso de camisinha como pecado e a doença da AIDS como um atestado de devassidão. Dessa maneira também, ganham espaço os preconceitos relacionados à sexualidade, em que minorias, como a comunidade LGBT, perdem visibilidade e são marginalizadas.
O combate ao HIV deve, nessa etapa, manter os resultados promissores alcançados pelos tratamentos e centrar-se na refutação de dogmas arcaicos e conservadores e promover a visibilidade dos infectados. Todavia, a ferramenta mais poderosa nesse processo é a educação sexual de qualidade e uma divulgação mais acessível, de forma que essas informações gerem uma consciência moral saudável.