Autora: Laura Barzotto Klafki
Turma: 1ª série do Ensino Médio
Unidade: Região Alta
Professora: Lucileine Kummer
Esses dias estava assistindo a um programa na televisão, onde uma das apresentadoras comentou que considerava o inverno a estação em que as pessoas vestem-se mais elegantemente. Deitada, debaixo das cobertas com minha calça de abrigo, um blusão laranja de gola alta e uma meia roxa até os joelhos pensei: “deve ser mesmo”.
Ainda não consigo admitir que alguém possa gostar do inverno. Não faz sentido. No verão, podemos tomar banho de piscina, ficar mais perto do mar, sair de casa com mais frequência. A pele fica mais escura, os cabelos mais leves, os dias mais longos e, o principal: os casacões ficam guardadinhos no armário.
A elegância dos dias gelados não compensa o conforto das manhãs quentes. E, afinal: quem fica elegante parecendo um queijo muçarela embalado a vácuo?
Ainda sigo todas as manhãs tentando entender o ponto de vista das pessoas que acham agradável sair debaixo das cobertas e enfrentar um dia que ainda está mais para noite. Deve ser em virtude dos cachecóis, botas e toucas sofisticadas, que mais enfeitam do que aquecem.
Só quem ganha mesmo com o inverno é o turismo, visto que as temperaturas baixíssimas são as principais atrações turísticas aqui do sul do país. É nessa época que se necessita de solidariedade. De fazer aquela limpa no guarda-roupa e resgatar aqueles agasalhos quentes que podem ajudar muita gente.
No mais, que venham as temperaturas altas. Que venham as bebidas geladas e a areia quente. E que venham as regatas e os chinelos para representar a estação, sim, mais elegante do ano.