Autora: Jovana Dullius
Turma: 3ª série A do Ensino Médio
Unidade: Lajeado
Professora: Letícia Gracioli
Ao ingressar na faculdade, uma prática conhecida como trote universitário começa a fazer parte do cotidiano dos calouros. É considerada uma forma de integração entre os alunos, que consiste em tornar os novos colegas, bixos. Os mesmos são submetidos a obedecer a ordens do veterano. Como se pode imaginar, a violência é muito freqüente nos trotes, sendo diversas vezes tratada, erroneamente, como uma brincadeira.
Infelizmente, as implicações sociais que esSas práticas trazem, não recebem atenção necessária. Casos de violência verbal, física e sexual, transcorrem nos corredores das instituições e são aceitos de maneira tão natural que merecem preocupação. Além de tudo, o trote admite a ideia de ser uma brincadeira que auxilia os calouros no início dos estudos em sentido à sua integração.
Embora a ideologia dos trotes assuma que os veteranos ditem afazeres para os bixos, no momento em que se torna uma forma de abuso, discriminação ou repressão, os conceitos precisam ser revistos. Atualmente, os casos de violência durante os trotes universitários tiveram crescimento significativo. Depois de 10 anos, pessoas que foram violentadas em sua época de calouro estão denunciando e buscando justiça. Desta forma, o Brasil lentamente dá um passo à frente. Violência é crime e quem pratica deve ser punido.
Sendo assim, visto que a violência durante os trotes não pode ser admitida, a inserção de limites é extremamente necessária. Cabe ao Governo Federal estabelecer regras para as brincadeiras em universidades, assim como ter um programa para fiscalização e para ampliação da segurança. Ao cidadão cabe a responsabilidade de entendimento dos direitos humanos e o auxílio à ampliação de projetos como o trote solidário. Por fim, cada um deve ter em mente que violência é crime e deve ser denunciada, independente da situação.