A chave da diversidade

Autora: Laura Barzotto Klafki
Turma: 3ª série do Ensino Médio
Unidade: Região Alta
Professora: Flávia Zanatta

A obra cinematográfica O Pianista, dirigida por Roman Polanski, retrata a história de um famoso pianista judeu que trabalha na rádio de Varsóvia e vê seu mundo ruir com o começo da Segunda Guerra Mundial. O filme apresenta de forma realista os decretos antissemitas, como o dever de ter uma estrela costurada às roupas e a proibição de frequentar restaurantes cristãos, teatros, cinemas ou qualquer outra forma de diversão. No Brasil dos dias atuais, felizmente, todo cidadão tem direito ao livre-arbítrio, à liberdade, dignidade e igualdade. Entretanto, sabemos que a discriminação social e a desigualdade têm sido fatores determinantes ao definir o acesso à cultura – barreiras que precisam ser ultrapassadas.
É notável que os maiores centros de arte e cultura estão localizados em regiões específicas, geralmente nos bairros centrais ou melhor desenvolvidos das cidades. Isso faz com que grande parte da população periférica acabe se desmotivando ao precisar se deslocar por uma grande distância para poder frequentar qualquer evento cultural. Além de ser estressante enfrentar o trânsito das grandes metrópoles, os transportes públicos são caros e de má qualidade – incomodações que seriam evitadas se houvesse maior número de cinemas e teatros, por exemplo, nos bairros dos municípios.
Ainda, sabe-se que a cultura, além de proporcionar entretenimento, é também uma ferramenta para a educação do povo brasileiro e desenvolvimento do país, uma vez que permite facilitar a compreensão das linguagens e do contexto social em que a arte é criada. Infelizmente, boa parte da população de nosso país não tem acesso a produções culturais, como museus, cinemas, teatros e exposições artísticas, e a esmagadora maioria não possui o hábito da leitura, fatores que contribuem para os índices de analfabetismo e colocam nosso país nas últimas colocações no ranking de educação mundial.
É evidente, portanto, que o desafio da democratização cultural é fruto da discriminação dos menos privilegiados economicamente e da desigualdade presente nas cidades brasileiras. A fim de atenuar o problema, o governo tem o dever de disponibilizar centros culturais mais acessíveis à população, além de um sistema de transportes mais eficaz. Além disso, cabe à família e à escola o incentivo à cultura desde cedo, para despertar o gosto pela arte. Assim, a imensa diversidade do país poderá ser melhor valorizada e respeitada por todos.

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