A Melhor Viagem de Todas

Estudante: Eduarda Dalla Vecchia
Turma: 7ª série E.F.
Unidade: Região Alta
Professora: Lucileine Kummer

 

Meu Deus. Já são 10 horas da manhã, eu deveria estar no aeroporto. Não posso acreditar! É a primeira vez que eu viajarei de avião e vou chegar atrasada.
Peguei minha mala, câmera fotográfica e entrei no carro.
Em 15 minutos, eu chegava ao aeroporto, o que me surpreende, já que Porto Alegre é uma cidade bem movimentada.
Não pode ser, eu não estou vendo o que meus olhos enxergam. Nossa Senhora, ele não pode me ver. Não pode mesmo. Corre. Corre, Clara.
– Quanto tempo, Clara. – Disse com deboche.
Eu congelei. Era a voz dele. Ele me viu. Não pode ser. Fiquei tão paralisada, que não consegui falar nada.
– Desde que você terminou comigo postando no FACEBOOK… Depois daquilo fiquei com depressão por quase 3 meses.
Eu não conseguia fazer nada, até que, de repente, um homem alto, musculoso, e muito bonito por sinal, passou o braço pela minha cintura.
– Está acontecendo alguma coisa aqui, amor? – Falou o homem até o instante desconhecido. Olhou para mim e deu uma piscadela.
– Não, nada – Disse sem pensar.
Meu ex deu meia volta e saiu andando, tranquilamente.
– Estava ali naquele banco observando vocês, percebi que você estava com medo e decidi tomar uma atitude. Desculpe minha intromissão.
– Muito obrigada por isso, não sei o que teria acontecido se você não tivesse feito algo.
Por algum motivo, eu não conseguia tirar os olhos dele (em especial da boca dele) por um instante.
– Prazer, meu nome é Diego.
– Eu sou a Clara.
– Espero te ver de novo.
– Eu também.
Ele novamente deu uma piscadela e saiu. Fiz o mesmo, embora tenha, confesso, tropeçado uma ou duas vezes.
Entrei no avião, em cima da hora, continuei meu caminho. Meu número de assento é o 23. Durante o caminho fui observando as outras pessoas, cada gente estranha!
Achei meu lugar, e, sem sucesso, tentei guardar minha mochila de mão no local indicado pela aeromoça. Até que avistei Diego vindo em minha direção.
– Pelo que parece o destino quer nos unir – falou.
– Pois é.
Sorrimos. Ele me mostrou como colocar a bagagem. Nossa, ainda por cima ele é inteligente. Sentamos nos nossos bancos, um ao lado do outro. Eu fiquei no lado da janela. O avião decolou. Uns minutos depois, ele puxou assunto.
– Você tem quantos anos?
– 24. E você?
– 28
– Trabalha?
– Sim. Sou empresário, por isso costumo viajar bastante. Você é fotógrafa? – Falou apontando para a máquina fotográfica em cima das minhas pernas.
– Sim. Amo tirar fotos.
A partir daí o assunto fluiu, nem vi o tempo passar. Ele já me conhecia tão bem, sabia que eu tinha 2 gatos, 4 irmãos, que eu sou extrovertida, baixa, risonha, etc. Assim como eu sabia que ele era doce, rico, filho único, gentil, etc.
O avião pousou. Chegamos em Maceió, cidade onde ele mora e estou visitando. Não queria me despedir dele, pegamos as malas, descemos do avião. E, enquanto eu esperava um táxi para ir ao hotel. Sem pensar. Sem aguentar. Fui em direção à boca dele. Foi o beijo mais duradouro e mais meigo de minha vida

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